Vencedores da Terceira Edição das Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz
O júri das Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz 2024/2025, composto por Filipa Melo, Jorge Reis-Sá e José Manuel Cortês, deliberou por unanimidade atribuir as bolsas da segunda temporada a Inês Bernardo, Nelson Nunes, Rita Taborda Duarte, Sofia Carvalho, Sónia Santos e Susana Moreira Marques. Deliberou ainda a escolha de quatro suplentes: Isabel Ricardo, Rita Canas Mendes, Rodolfo Begonha e Rodrigo de Jesus.
Lembre-se que as temporadas anteriores acolheram em Tormes autores como Francisco Mota Saraiva, Isabela Figueiredo, Maria Antónia Oliveira, João Pedro Vala e Francisco Sousa Lobo.
Fruto de uma parceria entre a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e a Fundação Eça de Queiroz (FEQ), estas bolsas visam promover a produção literária em língua portuguesa, e são o mais expressivo programa de residências literárias remuneradas para residentes em Portugal.
Cada temporada consiste na estada de um autor durante um mês em Tormes (FEQ), local idílico com larga tradição literária que inspirou Eça de Queiroz a escrever A Cidade e as Serras.
Os residentes contam com todas as despesas pagas, bem como honorários no valor de 1.330€, e ficam alojados numa casa autónoma em Tormes, com todas as condições para terem tempo e sossego para escrever.
Reunido no dia 2 de Janeiro, o júri das Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz avaliou as 113 candidaturas admitidas a concurso de acordo com critérios como o domínio da linguagem artística, a qualidade cultural e artística do projeto, a adequação da proposta à durabilidade da bolsa, e a formação e competência reveladas nos trabalhos já realizados (publicados ou não).
As estadas em Tormes ocorrem já a partir de Fevereiro.
Perguntas Frequentes
As bolsas de residência literária obrigam o autor a ficar os 30 dias na residência, ou no final de semana pode ir a casa?
Obrigam a fazer um mês de residência. Aconselha-se sempre a levarem carro para maior autonomia e menos isolamento. E tem havido sempre flexibilidade para algumas breves ausências e compromissos fora, além de serem permitidas visitas curtas, embora não permanentes.
Tenho um livro editado e gostaria de saber qual a melhor forma de o remeter.
O livro terá de vir em pdf, já que o júri terá acesso aos documentos apenas de forma digital. O melhor será pedir à editora que faculte ao autor o pdf do livro.
É ou não condição necessária a efectiva residência em Tormes? Quem tem filhos pequenos pode ficar na sua própria casa e receber apenas o valor da bolsa?
A Bolsa de Residência Literária é um todo, pelo que o residente terá de passar um mês em Tormes, não sendo possível ficar em casa ou em outro lugar.
Caso um projeto tenha vários autores, apenas pode candidatar-se um deles, ou podem usufruir da estadia mais do que um, dividindo o valor monetário da bolsa?
As bolsas de residência literária são para pessoas singulares, pelo que apenas um dos autores poderá candidatar-se e usufruir da bolsa.
O que é o projeto e a carta de motivação?
O projeto é aquilo que o candidato pretende fazer durante o mês da Bolsa. Deve ser bem explicado, dizendo se é a continuação de algo que já está iniciado ou se é completamente novo. Pode apresentar já um pouco do que o candidato se propõe fazer (um poema, um capítulo, algumas tiras de BD, etc.). Deve ainda ser acompanhado de algo que tenha escrito ou desenhado anteriormente, esteja ou não publicado.
A carta de motivação constitui um documento distinto, e deve mencionar as razões que levam o candidato a requerer a Bolsa. Deve ainda indicar na candidatura o mês em que preferiria residir em Tormes, e a área temática a que se está a candidatar.
Posso candidatar-me não sendo português, mas residindo em Portugal?
O artigo 3º do regulamento diz que “Os destinatários das bolsas são pessoas singulares residentes em Portugal, que escrevam em português.” Assim, a nacionalidade portuguesa não é necessário, bastando que escreva em português e que resida em Portugal.
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